Deha Yoga

São inúmeros os estudos que avaliam os benefícios do Yoga e da meditação, auxiliando na discriminação e na desmistificação dessas práticas.

Essas pesquisas se interessam em demonstrar os benefícios que o Yoga e a meditação podem trazer à saúde como um todo, se distanciando talvez do seu objetivo principal, que é a eliminação da auto consciência em detrimento da consciência cósmica (Ser Supremo).

A medida que a saúde fosse melhorada, nossa aptidão física poderia sofrer sensíveis modificações.

Segundo Marcello & Roberto (2009) a aptidão física tem sido definida de várias formas. A maioria das definições está estritamente centrada na capacidade do indivíduo de realizar movimentos, caracterizando, desta forma, o potencial atlético do mesmo. Neste universo, a aptidão física pode ser definida como um grupo de atributos que permite aos indivíduos a realização de performances em atividades físicas. Por outro lado, a expressão “aptidão física voltada para saúde”, é, em grande parte, dependente de componentes cardiorrespiratórios e musculares, e tem sido definida como um estado caracterizado pela capacidade em realizar tarefas diárias com vigor, associado ao baixo risco de desenvolvimento prematuro de doenças ligadas à inatividade física, conhecidas como doenças hipocinéticas, nas quais as enfermidades do miocárdio ocupam lugar de destaque. No ocidente, a qualidade de vida tem sido relacionada e verificada por meio dos testes de aptidão física, pois o movimento no ocidente sempre foi muito valorizado.
Segundo ainda estes mesmos estudiosos as pesquisas realizadas com praticantes de meditação e yoga apontam pra inúmeras alterações fisiológicas, tais como: reduções da frequência cardíaca, alterações do fluxo sanguíneo encefálico e da atividade eletroencefalográfica, modificações nas concentrações de inúmeras substâncias neurotransmissoras, variações hormonais, redução na temperatura corporal, aumento no volume sanguíneo, alterações dos sentidos e as percepções, aumentos da resistência galvânica da pele, diminuição da resistência vascular periférica, quedas do consumo de oxigênio e da produção de gás carbônico, assim como acentuadas reduções no lactato sanguíneo, além de outras modificações que ocorrem durante o processo meditativo.

Cabe ainda descrever como se organiza o sistema nervoso para facilitar a compreensão de como os praticantes de Yoga controlam algumas funções do sistema nervoso autônomo:
Muito embora exista apenas um sistema nervoso, ele pode ser separado em varias partes baseando-se em características funcionais e de localização. Estruturalmente, o sistema nervoso pode ser dividido em duas partes: sistema nervoso central e sistema nervoso periférico. O Sistema nervoso central (SNC), consiste do encéfalo e da medula espinal. Ele está completamente envolvido por estruturas ósseas – o encéfalo na cavidade craniana e a medula espinal no canal da coluna vertebral. O sistema nervoso central é o centro integrador e controlador do sistema nervoso. Ele recebe impulsos sensitivos do sistema nervoso periférico e formula respostas para esses impulsos.
O sistema nervoso periférico (SNP) está formado por todas as estruturas localizadas fora do sistema nervoso central, especificamente: nervos (que conectam as partes do corpo e seus receptores com o sistema nervoso central) e gânglios ( grupos de corpos de células nervosos) associados aos nervos.

O sistema nervoso periférico pode ser dividido em um componente aferente (sensitivo) e um componente eferente (motor).

O componente aferente inclui células nervosas sensitivas somáticas, que levam impulsos ao sistema nervoso central a partir de receptores localizados na pele, fáscia, e ao redor das articulações, e células nervosas sensitivas viscerais, que levam impulsos das vísceras do corpo para o sistema nervos central.

O componente eferente está dividido em sistema nervoso somático e sistema nervoso autônomo. O sistema nervoso somático também é denominado sistema nervoso voluntário por que a sua função motora pode ser controlada conscientemente. Ele inclui células nervosas motoras somáticas, que levam impulsos do sistema nervoso central para os músculos estriados esqueléticos. Os impulsos que transitam por essas células, determinam contrações dos músculos estriados esqueléticos. As contrações musculares que são comandadas pelo sistema nervos somático podem se realizar sob controle consciente do individuo, ou, nos casos de respostas reflexas, podem ser controladas em nível inconsciente. O sistema nervoso autônomo – ou sistema nervos involuntário – ao contrário do sistema nervoso somático, está composto por células nervosas motoras viscerais, que transmitem impulsos para músculos cardíaco, liso, e glândulas. Os impulsos viscerais normalmente não podem ser controlados conscientemente. O sistema nervoso autônomo pode ser funcionalmente subdividido em parte simpática e parassimpática. Não há uma generalização que indica se a estimulação simpática excitará ou inibirá um determinado órgão. Todavia, no sentido amplo, a estimulação parassimpática tende a produzir respostas que são relacionadas principalmente com a manutenção das funções corporais sob condições relativamente tranquilas. Por exemplo, a estimulação parassimpática diminui os batimentos cardíacos e promove atividades digestivas. Ao contrário, a estimulação simpática tende a produzir respostas que preparam o indivíduo para uma atividade física vigorosa, tal como aquela que pode ser necessária em uma emergência.

Os praticantes de Yoga e meditação apresentam uma capacidade de controlar de maneira consciente sistemas até então considerados involuntários.
A fim de tornar mais claro todos estes benefícios estaremos compartilhando periodicalmente, alguns estudos científicos